terça-feira, 1 de julho de 2014

Prazer e tristeza na Casa de Deus

Texto bíblico: Uma coisa pedi ao SENHOR, e a buscarei: que possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e inquirir no seu templo. (Salmos 27 : 4)

Dentre os maiores privilégios e prazeres de um crente é estar na casa de Deus para louvá-Lo com toda a sua alma, coração e forças.

Nunca vi um crente fiel que não gostasse de estar presente aos cultos, seja no templo, seja nos lares, seja em qualquer lugar nos quais seja reverenciado o nome do Criador.

Sempre para mim foi inconcebível passar o domingo longe do templo do Senhor, deixando de ouvir os hinos santos, ouvir a Palavra Divina, os ensinamentos dos irmãos mais experientes, compartilhando ricas experiências de vida cristã, entregando minhas ofertas e dízimos.

Por isto mesmo não entendo pessoas que se dizem crentes e passam meses sem comparecer aos cultos em sua igreja.

O desejo do salmista de morar no próprio templo nos leva a pensar no cuidado que temos com a casa de Deus no sentido de vê-la bonita, limpa, atraente. Aliás, a casa de Deus deve ser o modelo perfeito para as nossas casas pessoais aqui na terra.

Quantos têm os seus palacetes, mas não cooperam para a manutenção da casa de Deus. Que modo triste de viver a vida cristã. Ah! Quantos terão imensa surpresa quando chegarem aos céus de Deus.

A casa de Deus, o templo, deve ser um lugar belo e confortável e atraente pois um belo templo também prega o evangelho de Deus. Ademais irmãos, lembrem-se também de que o seu testemunho é a melhor pregação do evangelho. Sendo um crente fiel e cuidadoso com as coisas de Deus, certamente que muitas pessoas se sentirão atraídas pelos crentes e pela bela casa de Deus.

Em que pese o prazer de estar na casa de Deus, ficamos tristes às vezes, porque os louvores cantados não são aqueles que realmente edificam, mas apenas produto de consumo do mundo gospel.

Ouvimos mensagens produzidas apenas pela mente humana, repleta de chavões políticos e religiosos com o objetivo de agradar, e não de despertar o povo para a santificação, para o trabalho de Deus e prepará-lo para vinda do Senhor.

Não é por acaso que as igrejas hoje não mais excluem os membros que pecam, que adulteram, que fraudam os outros, muitos destes casos são resolvidos no gabinete pastoral com perdão do próprio pastor após a confissão dos pecados (pastores imitando os padres).

Por outro lado, ficamos entristecidos quando há discriminação em face dos crentes fieis e mais experientes da igreja para beneficiar os mais jovens e os que estão chegando, criando uma base política de sustentação para o novo ministério.

Os membros que deram a sua vida pela Igreja são esquecidos, e a história é contada a partir do novo pastor, dos novos membros, formando muitas vezes uma verdadeira ditadura evangélica.

Sem falar que agora também foi criada a bolsa espiritual, pastores que usam o seu poder econômico para seduzir e prender a almas das ovelhas dando-lhes ajuda material com o dinheiro dos dízimos e ofertas que deveria ser usado para fins espirituais. 

Prazer e tristeza na casa de Deus, que este sentimento deixe de existir em nós e no meio evangélico, assim desejamos e assim oramos ao nosso Deus, Pai das Misericórdias eternas.

Pr. Marcos A. Nascimento
marcosantonion@globo.com